Com a aposentadoria do Vectra, o Chevrolet Cruze nasceu e começou a ganhar força no mercado. Só até o fim de março deste ano, a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) registrou o emplacamento de 9.147 unidades, enquanto seu rival Toyota Corolla alcançou a marca dos 12.142 neste mesmo período, o que não parece tanta diferença assim se lembrarmos que o carro da GM não tem a tradição do adversário, já que ainda não completou um ano de idade.

Decerto o Cruze não fará com que os amantes do seu antecessor Vectra se remoam de saudades, já que o novo modelo da GM honra a família. A motorização já não é 2.0 litros, mas a prole traz um forte propulsor 1.8 l flex de 16 válvulas, com potência de 144 cv a 6.300 rpm, contra os 140 cv a 5.600 rpm (quando ambos são abastecidos com etanol) do seu antepassado, que ainda equipa a Chevrolet Zafira.

Com torque de 18,9 kgfm a 3.800 rpm, o veículo da Chevrolet supera seus concorrentes no quesito força, como diante do Toyota Corolla GLI (18,6 kgfm a 4.800 rpm, R$ 70.570) eHyundai Elantra GLS (18,5 kgfm a 4.700 rpm, R$ 73.100), ambos também automáticos e com motor 1.8, de 16V.

O Cruze vem com duas configurações: a LT, que parte de R$ 67.900, e a LTZ, a partir de R$ 79.900. Ambas têm o mesmo propulsor Ecotec e freios ABS com EBD (distribuição de força de frenagem), porém a versão mais cara vem com transmissão automática de seis marchas de série, enquanto a de entrada pode receber este adicional, mas vem de fábrica com câmbio manual de seis velocidades.

Em comparação ao rival de similar configuração, o Corolla GLI, o Cruze é seis centímetros mais comprido, medindo 4,60 metros. O sedã da GM ganha também em largura, medindo 2,09 m contra 1,76 m do concorrente. Sua distância entre os eixos é de 2,68 m. O banco traseiro é rebatível e o espaço do porta-malas, de 450 litros, é ótimo, mas ainda assim perde para seu antecessor Vectra, que tinha 526 l.

Em avaliação da versão LTZ, topo de linha, o ZAP Carros constatou que o veículo trafega suavemente, devido à competência de sua suspensão. Os passageiros não sentem o carro trepidar mesmo em terrenos mais acidentados. A direção é elétrica progressiva. Ao dirigir, a sensação é de que só é preciso um dedo para virar o volante, de tão leve que ele é. A configuração LTZ sai de fábrica com sistema eletrônico de estabilidade (ESP) e controle de tração (TCS), o que deixa o motorista com sensação de segurança ao dirigir em alta velocidade.  A carroceria não rola em curvas e há bastante espaço entre as pernas do passageiro do banco de trás em relação ao assento da frente, o que deixa viagem dentro do Cruze bastante confortável. O isolamento acústico funciona perfeitamente, tornando a cabine protegida de ruídos externos em geral.

A versão testada, a LTZ, vem com revestimento interno em couro de série, com ótima aparência e textura. A marca investiu no acabamento, que impressiona pelo bom gosto do design, tanto interno quanto externo. Além disso, ele apresenta excelente ergonomia. O banco do motorista vem com regulagem manual de altura e distância. Com os faróis de acendimento automático e sensor de chuva, os equipamentos facilitam a rotina do proprietário.

Por R$ 12 mil a mais, a configuração avaliada traz transmissão automática, espelho retrovisor externo com desembaçador e rebatimento elétricos, sensor de estacionamento traseiro com aviso sonoro, acabamento em couro e central multimídia com tela LCD e GPS.

 

 

Com o projeto desenvolvido 100% por engenheiros brasileiros, a Chevrolet apresentou a nova picape S10 nesta terça-feira (14), em Campinas. Robusto e, ao mesmo tempo confortável, o veículo chega ao mercado do País com o desenho renovado e em três versões: LS, LT e LTZ.

A aparência imponente mostra a que a picape veio. “A S10 é um carro mais para a família, porém sem deixar de lado a robustez de auto de trabalho”, afirma Carlos Borba, diretor executivo de design da GM da América do Sul. O automóvel já é vendido na Tailândia há seis meses e deve chegar às concessionárias brasileiras após o carnaval.

A nova picape S10 vem com duas opções de motores: 2.4 FlexPower e 2.8 Turbodiesel CTDI, sendo que a primeira equipa somente o veículo com tração em duas rodas, enquanto a segunda está disponível nas versões 4×2 e 4×4.

 

De acordo com a montadora, a nova S10 ganha mais potência no torque. O modelo flex passa a gerar 24,1 kgfm, com 90% deste valor a 2.800 rpm, enquanto a picape anterior oferecia 21,9 kgfm. No entanto, o carro continua com 147 cv, quando abastecido com etanol, e 141 cv, com gasolina, ambos a 5.200 rpm. Já os modelos a diesel são capazes de desenvolver até 180 cv a 3.800 rpm. Como comparação, a rival Nissan Frontier (clique aqui e leia a avaliação), lançada na semana passada, oferece 190 cv a 3.600 rpm.

A S10 ficou um pouco maior do que a geração anterior, que tinha 5,26 metros de comprimento. A configuração de cabine simples mede agora 5,36 m, enquanto o modelo que leva até cinco pessoas tem 5,34 m.

A marca não divulga o consumo médio que a nova picape faz, porém garante que a economia de combustível seja, na configuração 2.4 flex, de até 5% em relação ao modelo anterior.

As versões de entrada (LS) e a intermediária (LT) podem ser encontradas na configuração cabine simples ou dupla, enquanto a topo de linha (LTZ) somente na configuração estendida. Na picape com motor 2.8, o proprietário pode optar entre o câmbio automático (seis velocidades) ou manual (cinco velocidades) para as linhas LT e LTZ.

 

A S10 traz importantes itens de séries em todas as versões: ar-condicionado, freios ABS, computador de bordo e direção hidráulica. O modelo mais caro sai de fábrica ainda mais completo: desembaçador de vidro traseiro, alarme, air bag duplo, travas elétricas, bancos de couro e com ajustes elétricos, luz de neblina traseira, rodas de liga leve aro 17, além de controle de tração e de estabilidade para a versão a diesel.

A expectativa de venda da nova S10 é de 4 mil unidades por mês, de acordo com a montadora. Segundo a GM, o modelo a diesel deverá ser o responsável por 60% da comercialização, enquanto a versão flex deve ficar com 40% do mercado.

AVALIAÇÃO - A picape LTZ mostrou-se bastante eficiente ao trafegar por terra e obstáculos. A suspensão elevada da S10, em conjunto com os ângulos de ataque (30,7º) e saída (16,1º), permitiram um bom desempenho em rampas íngremes sem encostar parte alguma da lataria no chão.

Os modelos 4×4 possuem o botão de acionamento elétrico shift on the fly, o qual permite que a troca das trações possa ser feita com o carro em movimento. Porém, para alterar a tração para a opção reduzida, é preciso parar o veículo e colocá-lo em posição neutra antes de acionar o botão.

A configuração cabine dupla é bastante espaçosa. Os passageiros que sentam no banco de trás podem ficar com as pernas confortáveis, sem bater o joelho no assento da frente. A capacidade máxima de carga é de até 1.208 kg na configuração LS 4×2, no motor turbodiesel. Como comparação, a sua rival Amarok (cabine simples, 4×2) pode levar até 1.110 kg de carga total.

A picape tem ótima ergonomia. É muito fácil encontrar todas as funções, como o comando elétrico de retrovisor, botão de ar condicionado, rádio e ajustes no banco de motorista. O acabamento interno é de boa qualidade. A superfície do painel e o estofamento dos bancos são feitos de materiais agradáveis ao toque. A posição de dirigir é confortável e a sensação dos passageiros é de estar em um veículo menor, por causa da comodidade.

Confira os preços que a nova S10 chega ao mercado brasileiro:

2.4 Flex

LS 4×2 Cabine simples, transmissão manual - R$ 58.868
LT 4×2 Cabine simples, transmissão manual - R$ 61.890
LS 4×2 Cabine dupla, transmissão manual - R$ 66.350
LT 4×2 Cabine dupla, transmissão manual - R$ 72.490
LTZ 4×2 Cabine dupla, transmissão manual - R$ 84.400

2.8 Turbodiesel

LS 4×4 Cabine simples, transmissão manual - R$ 85.400
LT 4×2 Cabine dupla, transmissão manual - R$ 98.900
LT 4×2 Cabine dupla, transmissão automática - R$ 103.900
LT 4×4 Cabine dupla, transmissão manual - R$ 109.500
LT 4×4 Cabine dupla, transmissão automática - R$ 113.400
LTZ 4×2 Cabine dupla, transmissão automática - R$ 117.400
LTZ 4×4 Cabine dupla, transmissão automática - R$ 135.250

 

A Chevrolet apontou sua mira para os jovens no Salão de Detroit (EUA) e mostrou dois cupês conceito que podem ser produzidos no futuro, dependendo da aceitação do público no evento. Um deles é o Tru 140S, cupê de quatro lugares que tem 4,50 metros de comprimento, 1,87 m de largura, 1,36 m de altura e distância entre-eixos de 2,74 metros. O Tru usa a plataforma do Cruze e tem motor 1.4 Turbo Ecotec de 150 cv - o câmbio é manual de seis marchas.

O outro conceito, vermelho, recebeu o nome de Code 130R e é um pouco menor, com 4,39 metros de comprimento, 1,81 m de largura, 1,39 m de altura e entre-eixos de 2,77 mm. Já o motor e câmbio são os mesmos do Tru.

O presidente da General Motors Norte América, Mark Reuss, afirmou que se os modelos forem produzidos, o preço de venda ficará em torno de U$ 20 mil (valor confirmado para o mercado americano).